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Coito interrompido: “gozar fora” é um método seguro?

Coito interrompido é só um termo empolado pro famoso “tirar na hora”, um esquema bem mais antigo que o uso da camisinha e da pílula pra (tentar) evitar uma gravidez… No tempo das nossas avós, era comum “gozar nas coxas” quando o sexo rolava antes do casamento. Ainda hoje muitos caras fazem a mesma coisa – e não só nas coxas.

Aliás, a popularidade do coito interrompido praticamente dobrou entre homens solteiros, segundo um estudo do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos EUA. Pulou de 10% em 2002 pra 19% em 2015. Mas quão confiável é esse método contraceptivo?

Na teoria, se fizer direitinho, tirando o pênis de dentro da vagina segundos antes da ejaculação, as chances de engravidar são cerca de 4%. A eficácia da pílula anticoncepcional, por exemplo, SE tomada corretamente, é de mais de 99%). O problema, meu bem, é o timing! A cada 100 mulheres que praticam esse método durante um ano, 22 acabam engravidando, de acordo com Planned Parenthood, uma ONG americana que atua com planejamento familiar.

Primeiro porque o cara precisa ter autocontrole do corpo e habilidade num momento em que tá super excitado, né? Tá lá empolgadão e, no auge, precisa parar a penetração e sacar o dito cujo pros espermatozoides voarem longe dali…

E aí tem alguns riscos, do tipo esquecer de tirar o pênis (principalmente se não for uma técnica que ele usa com frequência) ou de ter uma ejaculação precoce – gozar rápido demais, quase sem perceber. Sei lá, de repente, ficou ansioso com uma nova parceira ou com muito tesão numa posição sexual específica etc.

Além disso, tem um lance fisiológico no coito interrompido. O cidadão pode ser expert em sentir os próprios limites e segurar a onda… Mas sabe aquela babinha que vai saindo do pênis excitado, antes da ejaculação? Já pode conter uma pequena quantidade de espermatozoides vivos – por exemplo, que ficaram “presos” na última ejaculação. Se eles saírem e encontrarem um óvulo…

Ah, importante: o coito interrompido não protege contra o HIV e infecções sexualmente transmissíveis (sífilis, gonorreia, clamídia etc). Vírus e bactérias não passam apenas pela ejaculação, não. Passam por essa lubrificação e pelo contato com feridas e lesões nos genitais. Pra se blindar mesmo: camisinha!

Algumas mulheres topam ou até preferem o “gozar fora” porque: 1) não querem usar métodos hormonais, como a pílula anticoncepcional; 2) um dos dois têm alergia ao látex – existem camisinhas de outros materiais; 3) o homem acha desconfortável com camisinha; 4) não tinham preservativo na hora… enfim.

Quando a mulher tem o ciclo menstrual super regular, consegue saber seu período fértil todos os meses e recorre à tabelinha… o coito interrompido fica um pouco (!) mais seguro. Embora alguns médicos nem considerem esse método contraceptivo, ele reduz sim as chances de engravidar e é melhor que nada.

Outra questão é que, pra controlar o gozo, os caras não relaxam totalmente, ficam de sobreaviso, precisam pensar até na morte da bezerra. E às vezes essa tensão atrapalha o sexo, dificulta o orgasmo e pode até levar a disfunções como ejaculação retardada – em que o cara não consegue gozar, por exemplo, por medo de engravidar a parceira. E aí não só “interrompe o coito” como acaba com o prazer.

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*Foto: Unsplash

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