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Orgasmo no parto é possível (e invejável)

Quando se fala em parto, a imagem que vem à cabeça de muitas pessoas é de uma mulher com aquele barrigão se contorcendo aos berros, de perna aberta, implorando pra médicos e enfermeiros por um analgésico. Tipo a PIOR dor do mundo, né? Mesmo que você nunca tenha parido ou acompanhado um nascimento, com certeza já viu essa cena na ficção várias vezes. E se eu te contar que algumas mães (ok, são bem poucas) sentem um ORGASMO quando o bebê passa pela vagina?

Calma, eu sei que você vai ter que ~gestar alguns meses essa informação. Se tiver duvidando, procura na internet o documentário Orgasmic Birth (“Parto Orgástico”), de 2008… Tem também um estudo acadêmico, na França, com parteiras que relataram mais de 600 casos de partos orgásticos. E 6% das mais de duas mil mulheres que responderam uma pesquisa do Positive Birth Movement (ou “Movimento Positivo do Parto”) disseram que viveram essa experiência indescritível de alguns segundos – na hora que os bebês escorregaram de dentro delas pro mundo.

Cena do documentário "Orgamic Birth" (Divulgação)

Cena do documentário “Orgamic Birth” (Divulgação)

Esse papo é muito “viajandão” pra você? Pois a medicina explica que fisiologicamente é possível, sim, graças a duas coisas. A primeira é a ocitocina, o chamado “hormônio do amor”, que age tanto no orgasmo quanto no trabalho de parto. Uma das tarefas dessa substância produzida principalmente no cérebro é promover a afeição, o vínculo, entre as pessoas. No sexo, com o parceiro(a). Quando a mulher dá a luz, com o bebê. A ocitocina faz com que o útero contraia pra criança nascer. E, olha que loucura, o orgasmo também é desencadeado por uma série de contrações uterinas. Percebe como faz sentido?

Também tem uma explicação anatômica: o clitóris, ao contrário do que muita gente pensa, não é só aquele pontinho externo no alto da vulva. Ele se enraíza, tem duas hastes que podem medir dez cm de comprimento e descem ao redor dos lábios vaginais. Então, a maior parte do corpo do clitóris é interna! No momento em que o canal vaginal dilata pra caramba pro bebê passar, ele pressiona/estimula essa região erógena por dentro.  Por que ninguém fala disso, inclusive as mulheres que tiveram prazer sexual no parto?

Porque a maioria sente vergonha e culpa, mesmo que não tenham provocado o orgasmo. Se o prazer feminino ainda é tabu, imagina num momento considerado “sagrado” que envolve uma criança (não à toa existem tantos mitos sobre sexo na gravidez)! Fora que a nossa cultura propaga que parto é igual a dor e quanto mais dor a mulher suportar, mais heroína ela é. Quem tem coragem de dizer numa boa: “Uhul, gozei na frente de mó galera enquanto dava à luz?!”

As doulas, profissionais que acompanham as gestantes antes e durante o parto, dizem que é raro, mas acontece. E, embora não tenha uma receitinha que funcione pra todas as mulheres, algumas dicas pra que seja um momento mais prazeroso (e aí, quem sabe, orgástico) são: ambiente acolhedor, em que ela se sinta segura e não julgada ou pressionada, musiquinha de fundo, massagens com óleos, exercícios de respiração etc. E encarar o parto natural, não só normal, porque não pode ter interferência de remédios ou anestesias.

Claro que ter um orgasmo não deve ser objetivo numa hora como essa, mas é bom saber que existe a possibilidade, não?

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Foto: Unsplash

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