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O que elas acham dos homens que brocham

(Foto: Pixabay @Pexels)

A vida do pênis é dureza – inclusive quando ele tá mole. Estima-se que mais da metade dos brasileiros já brochou ao menos uma vez e milhões convivem com algum grau de disfunção erétil. Mas guardam o problema e a frustração dentro da cueca porque a sociedade relaciona a perda de ereção à perda de virilidade. “Macho que é macho não falha”.

Como se sentem as mulheres que já presenciaram uma brochada? Lancei uma pesquisa rápida no meu blog, com apenas três perguntas e a possibilidade de selecionar mais de uma alternativa (por isso os resultados somam além de 100%). Cento e trinta leitoras responderam anonimamente e deixaram comentários.

– Por que você acha que ele brochou?

  1. Tava ansioso / inseguro (60%)
  2. Tinha bebido muito (23,2%)
  3. Tava estressado (14,4%)
  4. Deve ter algum problema de saúde (9,6%)
  5. Não teve tesão por mim (8%)
  6. Fiz alguma coisa “errada” durante o sexo (5,6%)
  7. Outros [Alguns comentários: “o problema foi a camisinha”; “já tinha rolado muito sexo durante o dia”; “acho que ele estava com frio”; “tinha acabado de jantar”].

>>> Imagina o pênis como uma esponja. Enquanto o homem vai ficando excitado, o cérebro manda sangue pra encher essa esponja – que cresce e enrijece. Se alguma(s) coisa(s) atrapalha(m) as engrenagens do organismo, a ereção não rola ou não aguenta muito tempo. Essas “coisas” podem ser orgânicas e/ou psicológicas.

No primeiro grupo, entram as alternativas #2 e #4. Às vezes extrapolar na cervejinha (e outras drogas) com os amigos interfere no sistema vascular, por exemplo. Do mesmo jeito que algumas doenças como diabetes, uso de remédios tipo antidepressivos, cansaço físico, mal-estar digestivo etc podem f*der com a f*da.

Mais comum é que a culpa da brochada pertença ao segundo grupo, das alternativas #1 e #3. O cara pode ser/estar muito tímido, inseguro com o próprio corpo/pênis, tenso pela performance na cama (se ejacular rápido, não agradar no sexo oral?), ansioso pra ver a pessoa pelada etc. Fora que talvez esteja estressado/deprimido, sem conseguir parar de pensar no trabalho e nas contas, nas brigas com a família ou a (o) parceira (o).

Pode ser que o pênis tenha desmaiado por causa de quem tá diante-de-lado-em-cima-embaixo? Pode, embora as alternativas #5 e #6 me pareçam raras. Sei lá: vai que o fulano detesta vulva cabeluda ou sentiu um cheiro estranho vindo da região; que leve uma dentada durante o boquete; que a(o) outra(o) transe na empolgação de uma boneca inflável…

– Como você se sentiu?

  1. De boas, não tenho nada a ver com a brochada dele (47,2%)
  2. Constrangida, apenas com dó do cara (38,9%)
  3. Péssima, sinal de que sou ruim de cama / nada atraente (9,5%)
  4. Revoltada: não saio mais com ele (2,4%)
  5. Outros[Alguns comentários: “meio braba porque o cara me deixou a ponto de bala e não cumpriu o prometido”; “preocupada em como ele estava se sentindo”; “não me senti confortável, mas encarei com naturalidade”; “fiquei insegura também”; “frustrada, desapontada”].

>>> Ô, gente, o troço é constrangedor pra ambos – infinitamente mais pra ele. Quem tem repertório sexual, informação, autoconfiança e empatia costuma se sair melhor dessa situação. Ou seja, com naturalidade e sem fazer com que o outro se sinta humilhado.

Não precisa botar o rapaz no colo e “nãna-nenê” nem fingir que nada aconteceu (qué dizê: não aconteceu mesmo, mas você me entendeu). Se você quer sair de novo com o cara ou não é outra história. Levanta numa boa, tenta falar algo na linha “relaxa, a gente continua depois”, vai tomar um banho etc.

Uma das leitoras escreveu: “sei que o problema é dele, mas isso não exclui o sentimento de que não sou boa o bastante pra ele continuar com vontade”. Entendo. Mas tesão/vontade não necessariamente tão associados à ereção / lubrificação. Uma mulher na menopausa, por exemplo, pode estar subindo pelas paredes e seca.

Agoooooora se vocês tão num relacionamento, a brochada acontece toda hora e ele não aceita ou toma a iniciativa pra buscar um médico… Realmente vale a pena reavaliar não só o sexo. Olha o depoimento dessa mulher que respondeu a pesquisa:

“Já cansada (das constantes brochadas), aconselhei a procurar atendimento médico específico. Ele me disse que o convênio não cobria e que o tratamento era caro no particular. Minha ficha caiu: se o prazer dele não valia o investimento médico, imagina o meu, né? Qualidade de vida sexual ZERO e o cara preocupado com o valor da consulta?”. O casamento acabou. E o pior, minha gente, é que disfunção erétil TEM TRATAMENTO.

– Como ele reagiu?

  1. Insistiu com o pinto meia-bomba mesmo (35,2%)
  2. Desencanou na hora, mas logo depois quis recomeçar o sexo (30, 4%)
  3. Pediu desculpa e continuou com dedos / língua (23,2%)
  4. Disfarçou, não disse nada e o sexo acabou (16%)
  5. “Isso nunca aconteceu antes” (12%)
  6. Chorou ou “Sou um merda” (4%)
  7. Deu a entender que você foi responsável (2,4%)
  8. Outros: [Alguns comentários: “ficou insistindo que conseguiria, mas interrompi e fui embora; pediu desculpas e ficamos papeando”; “tô nervoso” e depois de um tempo recuperou; “a gente deu risada e botou o Netflix em dia”; “não disse nada e deitou”; “até chegou a tentar com o dedo mas o clima esfriou”].

Vou me limitar a dois comentários.

  • Não importa como ou com quem aconteça a brochada, não importa como você está se sentindo: apenas não fique tentando enfiar um pênis disforme dentro de qualquer orifício. É perceptível e ainda mais constrangedor.
  • O maravilhoso cidadão que, hilariamente bem-resolvido, disse pra uma respondente desta pesquisa: “Você é tão gostosa que meu pau se curvou diante de você”.

***Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo.

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