Rodrigo Hilbert: fetiche disfarçado de programa culinário

Dia desses, meu marido chegou do trabalho e me encontrou salivando diante da tevê. Rodrigo Hilbert preparava uma parrila, o típico churrasco argentino. “Vai um babador aí?”, debochou. Odeio carne mal passada, ele sabe que assistir aquele cozinheiro me deixa ~no ponto~.

Zapeando no controle remoto, um desavisado pode achar que “Tempero de Família” é um programa culinário do GNT. Não tenho provas, mas tenho convicção de que é uma requintada produção soft porn.

Rodrigo moldando kibe, pincelando óleo na panela quente, amassando tomate com as mãos… É SACANAGEM! Nesta sétima temporada, apelaram de vez no fetiche subliminar. Botaram o bofe lindo-gostoso-casado-com-aquela-deusa-pai-de-gêmeos pra CONSTRUIR peças e acessórios necessários a cada uma das receitas.

(Divulgação / GNT)

O cenário: uma oficina nos fundos de uma fazenda. O figurino: avental e luvas sujas de graxa. O roteiro: soldar chapas de ferro, improvisar grelhas e roldanas etc. Tudo na linha do “Faça Você Mesmo”. Como. Se. Alguma. Espectadora. Quisesse. Construir. Uma. Rústica. Fritadeira. De. Ferro. Com. Roldana. Para. Fritar. Peixe.

A gente só quer ver você fazendo, Rodrigo. Faz assim, faz? Num outro episódio, ele se lambuza to-di-nho de barro pra erguer um forno de pizza. Depois dos comerciais, ressurge de banho tomado, joga um pano de prato sobre o ombro e começa a cozinhar. Antes que ele acenda a chama do fogão, meu bem, você já tá no modo pode-vir-quente-que-eu-estou-fervendo.

(Divulgação / GNT)

Rodrigo inflacionou o mercado masculino. Ficaria ainda mais puxado pros caras se ele lavasse a louça no final do programa. Mas “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Nesse caso específico… isso não é problema, é solução.

***Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo.

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