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Avô escreve carta sobre o neto gay

Um filho sai do armário e se confessa gay para a própria mãe. O que ela faz? Bota o garoto no olho da rua. Acontece todos os dias, em todos os níveis sociais, em todas as cidades do mundo. Aconteceu com amigos meus, com amigos de amigos e com gente perto de você. A notícia está no jornal Huffington Post e só saiu da banalidade por causa da carta primorosa de um avô. Eu mesma traduzi, portanto, relevem possíveis falhas.

Querida Cristine,

Estou desapontado com você como minha filha. Você estava certa quando disse que nós temos uma “vergonha na família”, mas errou sobre o que seria (vergonhoso). Chutar Chad da sua casa simplesmente porque ele lhe disse que é gay é a real “abominação” aqui. Uma mãe renegando seu filho é o que vai “contra a natureza”. A única coisa inteligente que ouvi você dizer sobre tudo isso foi que você não “criou um filho para ser gay”. Claro que não. Ele nasceu assim, do mesmo jeito que não escolheu ser canhoto. Você, pelo contrário, tomou a decisão de ser odiável, retrógrada e com uma mentalidade fechada. Então, como nós estamos nesse negócio de derrubar nossos filhos, acho que vou aproveitar esse momento para me despedir de você. Agora eu tenho um neto fabuloso (como dizem os gays) para criar, não tenho tempo para uma filha V* (vaca) e sem coração.

Se você encontrar o seu coração, dê uma ligada para nós.
Papai.

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Comentários
  • Sensacional!

    2 de outubro de 2013
  • Adorei… Fantástico! Se todos fossem assim, perceberiam que não é errado e nem “contra a natureza” ser gay! Ser gay não é escolha, as pessoas nascem assim. Não sou gay, mas tenho um enorme respeito aos meus amigos gays, que não fazem mal a ninguém e vivem felizes do jeito que são, sempre sorrindo e sempre animando todo mundo.

    12 de outubro de 2013
  • Uau! Esse avôzinho ganhou simplesmente todo o meu amor e a minha admiração. ♥

    12 de outubro de 2013
  • Muito bom! Porém acho válido apontar que as pessoas não simplesmente nascem gays. Elas podem se apaixonar inesperadamente por alguém do mesmo sexo. E pode ser que se apaixonem ainda depois por alguém do sexo oposto e volte
    a se apaixonar por alguém do mesmo sexo. Se apaixonar e amar a gente não escolhe e não prevê por quem e nem por qual sexo. Eu digo porque aconteceu comigo. Amo minha namorada mais tudo e sou feliz com ela de uma maneira que nunca fui antes. Minha mãe contudo, insiste que eu não nasci assim, que sempre fui feminina e antes dela comentava dos rapazes por quem me interessei. Ser feminina também não tem nada a ver com isso. Minha mãe também diz que fui seduzida por ela, que eu estava carente, que eu me sentia sozinha, que ela sim tem jeito de sapatão, que eu não posso me apaixonar por uma pessoa de um sexo hoje e por outra de outro sexo amanhã (sendo que não vejo diferença entre isso e me apaixonar por dois homens completamente diferentes), diz que é falta de saber o que eu quero, falta de personalidade (e desde que me apaixonei pela minha melhor amiga, hoje namorada, há um ano, não tive dúvidas de que quero somente ela)… E não importa o que eu diga, ela sempre tenta achar uma explicação que não seja o amor.

    14 de outubro de 2013
    • Nem tanto, se nasce assim, mas com a pressão e os costumes da sociedade e família se acaba trabalhando o psicologico para atração pelo sexo oposto, pura bobagem, se nasce sim gay, vc pode ter duvidas devido ao que falei, mas a sua preferencia vem de cedo…

      17 de outubro de 2013
    • Isso se chama Bissexualidade minha cara Aline! E é completamente diferente de ser Gay, de ser HOMO.

      11 de janeiro de 2014
  • Nossa FANTÁSTICO e justo ele que é AVÓ que entre “aspas” teria uma mentalidade preconceituosa por ser “antigo”…
    Mãe que é mãe jamais faria isso com um filho, eu sou GAY e graças a deus minha Mãe, Pai, Irmão, Família, Amigos sabem e SEMPRE fui muito respeitado… Parabéns para esse AVÓ maravilhoso…

    23 de outubro de 2013
    • Bruno o bacana que ultimamente podemos notar que os pesamentos retrógrados vem sendo propostos pelos pais que se dizem ser da era mais moderna. E sempre percebo que nossos entes mais idosos que convive o amor compreende muito bem essa questão. Podem até não compartilhar de nossas vivencias mais nos dão o abrigo seja no afeto ou até mesmo material.

      11 de janeiro de 2014
  • Lindo. O mundo precisa de mais avôs assim. Queria que minha mãe fosse como ele. Como disse o Bruno, eu também esperava que o avô, por ser fruto de uma cultura social mais opressora que a atual, fosse menos compreensivo. foi muito bom ser surpreendida.

    27 de novembro de 2013
  • ARREPIADA! Maravilhoso esse texto!!

    8 de janeiro de 2014

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