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Personal trainer de vagina: a malhação do pompoarismo

Mulherada lotando academias para deixar o bumbum firme, o abdômen definido, as pernas torneadas. Querem garantir uma caminhada sem risco de turbulências até o mar. Legal. Mas, quando você tira a parte de baixo do biquini, continua sarada? Está na hora de se preocupar com a flacidez da sua coleguinha íntima (oi, você que já pariu!!!) e colocá-la para suar um pouco. Bati um papo sobre isso com a terapeuta tântrica Lu Riva para uma “Rapidinha”, sessão de entrevistas breves mas satisfatórias. Ela é espacialista em pompoarismo, uma técnica oriental milenar que consiste na concentração e relaxamento dos músculos vaginais. Lu Riva garante que a libido e o prazer aumentam tanto que você vai se impressionar com a vontade de fazer ginástica… 

Lu Riva: especialista em pompoarismo

– Qualquer mulher pode malhar a vagina?
Qualquer mulher DEVE fazer isso pensando, primeiro, na saúde. É uma ginástica como outra qualquer, focada nos músculos pélvicos: trabalha muito o abdômen, os glúteos e as coxas. Até queima calorias!

– Ok. Como funciona?
Ensino mais de 70 exercícios para treinar os três anéis vaginais, alternando força e velocidade (todos no livro “Pompoar: Prazer & Saúde”). Em um deles, ela senta sobre a mão. Deve tirar a respiração do abdômen e tentar contrair o períneo, músculo que divide o ânus do vagina. Se percebê-lo mexendo sobre a mão, está praticando o pompoarismo. Não precisa estar nua, basta uma roupa de ginástica. Na minha aula, percebo se a mulher está fazendo direito porque cada anel mexe um ponto específico do baixo ventre. Acessórios como aquelas bolinhas ligadas por cordão ajudam a evoluir mais rápido.

– Não precisa ter medo de ficar com a dita cuja musculosa? Ela muda fisicamente?
A musculatura vai ficando flácida com a idade, assim como peito ou bumbum. Com o pompoar, a vulva fica mais bonita e forte porque está mais irrigada de sangue. Com tônus muscular, ela fica mais expressiva: consegue até mandar beijinho! Fora que a lubrificação e a libido também aumentam com os exercícios.

– O pênis percebe a diferença? Há chances de “estrangulá-lo” se a moça não estiver gostando da transa?
Sim! A mulher passa a movimentar a vagina de forma sensual e provoca sensações eróticas no pênis. Ela consegue literalmente estrangulá-lo: apertar as veias que estão pulsando na base do pênis, segurando a ejaculação. O sexo é mais intenso e tem maior duração. A maioria das mulheres tem o orgasmo clitoriano, com estímulo externo e intensidade 110W. Com o pompoar, ela trabalha o corpo de dentro para fora e sente orgasmos vaginais, os de 220w.

– O pompoar te livrou das crises de cistite, aquela inflamação que causa dor para urinar, conhecida como a “doença da lua de mel”. Como foi isso?
Tive esse problema dos 24 aos 25 anos, tomava antibióticos fortíssimos e a bactéria ficou resistente. Depois que comecei o pompoar, não tive mais nada. Meu ginecologista deu duas explicações para isso. A primeira é que a prática fez com que a minha bexiga “subisse”: ela era baixa e tornava o canal da uretra curto, propenso à infecções. A outra possibilidade é que o pompoar aumenta o fluxo sanguíneo na região pélvica e, consequentemente, a minha imunidade. Pompoarismo não é pornografia, é qualidade de vida e saúde.

* Entrevista originalmente publicado no Sexpedia, ex-blog de sexo da revista Época, em que produzi e editei conteúdo.

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