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Como fazer a massagem tântrica “das deusas”

Embora tivesse apenas “orgasmos eventuais”, Mariana Stock se achava sexualmente super bem resolvida e falava do assunto numa boa com as amigas. Mudou de ideia quando, em 2016, “uma amiga puritana” e um colega de trabalho comentaram que estavam se descobrindo e superando bloqueios na massagem tântrica – realizada em centros terapêuticos (eu fiz e contei como foi). “Eu já tinha lido a respeito, mas tinha medo desse universo: achava que era meio suruba e eu poderia sair sem um rim de um lugar desses”, ri Mariana.

Meses depois, aos 30 anos, a então executiva de uma das maiores empresas do país começou a rever seu “propósito de vida”, se demitiu e embarcou numa jornada que culminou na Casa Prazerela. Inaugurado no final do ano passado, em São Paulo, o espaço oferece massagem tântrica para mulheres, além de palestras e cursos sobre sexualidade feminina (alguns para casais). Mariana quer empoderá-las também por meio do prazer. Na filosofia Tantra, a mulher é exaltada como deusa.

Mariana Stock, ex-executiva, quer empoderar as mulheres por meio do prazer (Divulgação / Prazerela)

Mariana Stock, ex-executiva, quer empoderar as mulheres por meio do prazer (Divulgação / Prazerela)

“Historicamente estamos mais preocupadas com o orgasmo do outro”, diz. “Para nós, por exemplo, a penetração é o que menos importa. Não à toa tantas mulheres têm baixa libido… Somos sensoriais”. A massagem tântrica tira o foco dos genitais, propõe que a gente explore todas as áreas do corpo com calma e suavidade. Quanto menos ansiedade e mais “acúmulo de excitação”… mais intensos e expandidos serão os orgasmos. Aqui Mariana dá dicas de como fazer a massagem tântrica na parceira – e sem esperar uma contrapartida: “Dê a ela uma noite em que não precisa se preocupar em retribuir”.

AMBIENTE E CLIMA

“Escolha um lugar íntimo, sem o risco de qualquer pessoa entrar de repente e quebrar o clima. Quanto menos estímulos externos, melhor. O objetivo é que a mente fique menos ativa e relaxe. Então a iluminação deve ser indireta, como um abajur ou algumas velas. Você pode colocar uma música baixinha, de preferência sem letra nem variações sonoras bruscas. Acenda um incenso apenas se você tiver certeza de que a sua parceira gosta – algumas pessoas odeiam e, se for o caso dela, pode atrapalhar muito”.

ÓLEO DE COCO

“Gosto de fazer a massagem com óleo de coco extra virgem, à venda até nas farmácias. É natural e não tem contra-indicação na vagina. Quando o clima esfria, o óleo pode ficar meio durinho, mas é só dissolver na panela ou no micro-ondas. Se você não tiver em casa, pode usar um creme hidratante mesmo”.

CONEXÃO E SINTONIA

“A primeira coisa é criar uma sintonia energética entre o casal. Os dois podem ficar nus e sentar na cama, frente a frente, de pernas cruzadas (de ‘índio’). Sem se tocar, apenas olhando nos olhos, harmonizando a respiração durante uns dez minutos – um exercício é inspirar a expiração do outro. Depois podem se abraçar longamente e, se der vontade, beijar na boca sem ansiedade, ‘agressividade’… Aí a mulher pode deitar de bruços na cama, ocupando-a inteira, sem travesseiros”.

DURAÇÃO

“Não pode ter pressa, ficar de olho no relógio… Aliás, a ideia é que o casal perca a noção e esqueça o universo lá fora. Não existe massagem tântrica em uma hora. Acho que é legal durar, no mínimo, duas horas. ‘Agendar’ um dia para a massagem pode funcionar porque cria disponibilidade emocional e de tempo. Mas algumas mulheres travam ou ficam ansiosas com a ideia de ter um horário para relaxar. Se você conhece sua parceira, vai saber o que ela prefere”.

TOQUES SUAVES

“O homem deve ficar em pé ou sentado na beira da cama pra começar com a massagem sensitive. Ela é feita com a pontinha dos dedos, um toque suave e bem lento, passando por todo o corpo da mulher. O movimento não deve ser previsível nem repetitivo – por exemplo, só círculos – porque a mente fica tentando decifrar padrões. Vá alternando a rota. Algumas áreas são muito erógenas: cotovelos e joelhos (inclusive detrás de ambos), axilas, lombar, debaixo dos seios, na conexão entre o pé e a canela… Você pode começar com a mulher de bruços, depois virá-la de um lado, de outro, de frente. É importante passar pelo menos 15 minutos em cada lado. Ainda sem tocar os genitais. Quanto mais ‘tensão’ (excitação) acumulada, mais longo e prazeroso será o orgasmo”.

CÓCEGAS

“Como o toque é muito suave, ela pode sentir cócegas no início e rir. Isso é um sinal de ‘resistência’ ao prazer. Você pode dizer “relaxa”, com bom humor, e seguir com os movimentos em outras áreas. Evitem falar, a não ser que algo esteja desconfortável e incomodando. É uma experiência pra ouvir mais o corpo da parceira e estimular outros tipos de comunicação entre o casal”.

SEM PENETRAÇÃO

“Depois de mais ou menos uma hora de massagem sensitive pelo corpo, aí pode partir para os genitais. Os movimentos continuam lente e suaves, com as pontas dos dedos, passando por toda a vulva, grandes lábios, períneo… Localize o clitóris da parceira (no alto da vulva, onde os grandes lábios se encontram) e estimule ao redor dele, não apenas a glande. Deixe de lado qualquer tipo de penetração – dedos ou pênis. A ideia é que a massagem não acabe quando a parceira gozar uma vez. Mulheres são capazes de muitos orgasmos seguidos… E tudo bem se não acontecer: é mais uma experiência prazerosa e íntima entre o casal”.

***Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo. Imagem: Pixabay

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