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Baba, baby: muita lubrificação no sexo é um problema?

EMAIL: “Meu problema é que fico muito lubrificada quando estou excitada. Minhas amigas brincam que ‘isso não é problema, é solução’. Mas sempre tive vergonha dos caras porque molha o lençol, na penetração faz barulho e, dependendo da posição, o pênis escorrega pra fora o tempo todo. O que eu faço?”

Sinalizar “área sujeita a alagamento” seria o ideal pra que você se sentisse mais segura emocionalmente e o cara, fisicamente – pênis não tem osso, se ele escapa durante um vaivém na velocidade 5 do créu… Embora te pareça constrangedor e até inconveniente, não há nada de errado. Lubrificar muito é parte do seu ecossistema, assim como é da natureza humana ter inseguranças na cama. Se você já foi a um ginecologista e tá tudo bem com seus exames, sem nenhuma alteração metabólica ou corrimento anormal, não devem te receitar um remédio.

O tesão desencadeia uma série de mudanças no organismo pra nos preparar pro sexo. Por exemplo, o aumento do fluxo sanguíneo na região dos genitais. Nos homens, quer dizer: ereção. Nas mulheres, o canal vaginal se alonga e alarga, enquanto suas mucosas “suam” por dois motivos fundamentais. O primeiro deles é ajudar os espermatozoides a nadar de braçadas até o útero. Nosso corpo é programado pra procriar, gente. Ainda que não haja penetração ou você não queira engravidar.

Não à toa mulheres em idade reprodutiva tendem a lubrificar melhor, enquanto a secura vaginal é uma queixa super comum na menopausa. Nessa fase da vida, assim como na amamentação ou durante o uso de alguns tipos de anticoncepcionais/remédios, rola uma queda nos níveis de estrogênio, hormônio ligado à produção do líquido, e a cachoeira pode virar um fio d’água. Aí, sim, tem tratamento com pomadas, medicações etc.

Mesmo entre mulheres saudáveis e com estrogênio suficiente, a lubrificação vaginal varia muito. Algumas passam mais tempo sendo estimuladas ou estão vivendo uma situação em que o desejo surge com velocidade e intensidade maiores. Tipo aquela ansiedade diante de um(a) novo(a) parceiro(a) e empolgação típica de início de relacionamento.

O segundo papel da lubrificação tem a ver com o nosso prazer. Pra um cara entender o que significa ser penetrada a seco, basta descer um toboágua… sem água. Não é divertido: o atrito queima, arde, machuca e pode acabar em infecção urinária no dia seguinte. Quem consegue relaxar e gozar pensando em que armário tá o creme antiassaduras? Imagino que você não saiba o que é isso, querida leitora. Deve pensar no rolo de papel toalha, o que não é uma má ideia!

Quem lubrifica demais pode realmente ter dificuldade de manter o pênis dentro da vagina. Não sei se acontece com você, mas algumas mulheres que encharcam na excitação inclusive perdem um pouco a sensibilidade do canal vaginal. Vale a pena tentar posições sexuais em que você fique no controle (como a mulher por cima) e movimentos mais lentos (não é inteligente correr num piso ensaboado).

Camisinhas não-lubrificadas também podem dar uma segurada. Ou, se vocês tiverem à vontade, por que não recorrer a uma toalhinha de mão pra se “enxugarem” de vez em quando? Isso provavelmente também resolve a questão dos lençóis e do barulho – aliás, já leu sobre pum vaginal? De resto, tenta fazer as pazes com a sua fisiologia. Aposto que muitas leitoras deste texto estão ~babando de inveja.

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*Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo. Foto: Unsplash.

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