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SUS agora vacina meninos contra vírus HPV

(Getty Images)

É estupidez ou profunda falta de informação, mas uma galera relaciona o HPV com promiscuidade sexual. Sendo assim, entre 80% e 90% da população brasileira tem feito sexo sem camisinha com deus e o mundo – esse é o índice de pessoas que já entrou em contato com o “Papiloma Vírus Humano” em algum momento da vida. E nove entre dez eliminam o vírus naturalmente do organismo, muitas vezes sem perceber porque os sintomas não se manifestaram.

Apesar disso, o vírus pode levar a doenças como como câncer de colo de útero, pênis, garganta, ânus etc. Segundo o Ministério da Saúde, todos os anos são 15 mil novos casos de câncer de colo de útero e registros de quase dois milhões (!!!) de verrugas genitais. Aquela história de que pega se usar toalha ou calcinhas / cuecas de outras pessoas não é mentira, mas é MUITO RARO acontecer. Em 98% das vezes, o meio de contágio se dá pelo contato sexual – pele com pele, portanto nem precisa haver penetração.

Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece vacinação gratuita para meninas entre 9 e 13 anos contra o HPV – a partir de 2017, entram aquelas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina. “Ah, vai incentivá-las a sair transando”. BLABLABLA. Quer você queira ou não… crianças e adolescentes transam COM ou SEM sua permissão, COM ou SEM proteção. É fato, não é uma questão de opinião. A partir de agora, os meninos entre 12 e 13 anos também serão beneficiados na rede pública. Embora existam mais de 150 tipos de vírus HPV, apenas 14 deles podem provocar lesões pré-cancerígenas.

A vacina bivalente previne os tipos HPV 16 e 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer no colo do útero e outros. A quadrivalente amplia para mais dois tipos, o HPV 6 e 11, relacionados às verrugas genitais. Basicamente, ambas ajudam o corpo a produzir anticorpos específicos. Mas por que estão imunizando CRIANÇAS? Então, senta aí que o próximo dado pode te derrubar. Os jovens brasileiros perdem a virgindade, em média, aos 13 anos. Dados da pesquisa Durex Global Sex Survey. Outro estudo, do Prosex (USP), aponta que aos 15 anos boa parte já tem vida sexual ativa.

Ou seja, se eles estiverem protegidos ANTES de começarem a transar, mais seguros estarão. Não, isso não significa que podem dispensar a camisinha: existem outros tipos de HPV, outras doenças sexualmente transmissíveis e o risco de uma gravidez não-planejada. O Brasil é o sétimo país no mundo a adotar essa recomendação das sociedades médicas e pediátricas – depois de Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá. O governo diz que, até 2020, a faixa etária para vacinação dos meninos será ampliada para 9 a 13 anos.

***Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo.

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