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Sexo oral: converse sobre sexo com ele(a)

Língua também serve para conversar, não só pra trocar fluidos – embora esta seja uma de suas melhores funções. Você taí se gabando de praticar o melhor sexo oral do mundo, mas não consegue dizer ao outro que tipos de posições não curte? Ou como gostaria de ser tocada? Ou que finge porque já se acostumou a não chegar lá? Então dobre essa língua e ouça (ok, leia) o que a psicóloga Ana Canosa tem a dizer sobre a falta de comunicação dentro dos relacionamentos. Ela é terapeuta, educadora sexual, colunista da revista VIP, apresentadora do programa SOS Casamento e… uma simpatia só.

– Em relação à vida sexual, do que os casais mais reclamam no seu consultório?

Em geral, os homens sentem que as parceiras se acomodaram depois de um tempo, gostariam que elas fossem mais ousadas e tivessem iniciativa de começar o sexo. Eles reclamam também da quantidade – querem transar mais em casa. As mulheres dizem que acontece sempre do mesmo jeito e no mesmo cenário. Elas cobram mais preliminares e criatividade dos companheiros.

– E eles conversam entre si sobre essas questões?

As mulheres têm dificuldade de comentar ou pedir coisas ligadas ao sexo. É uma pena, mas algo cultural. A revolução sexual é recente, muitas não receberam educação nesse sentido nem aprenderam a legitimar a própria autonomia. Os casais procuram a terapia porque a comunicação entre eles não está fluida. Ou seja, eles não estão satisfeitos, mas não conseguem se entender e procurar caminhos para sair disso. Não resolvem seus conflitos de forma saudável, em busca de soluções.

– Pois é. Tenho amigas que não dividem com o namorado ou marido suas fantasias e preferências sexuais. Têm vergonha de pedir para irem ao motel ou usarem um brinquedinho erótico. Conversar sobre isso com o outro não é importante?

Faz toda a diferença na qualidade da vida sexual e, por consequência, do casal como um todo. É preciso falar para ele como você gosta de ser tocada, se teve ou não orgasmo… Uma coisa é você se masturbar e usar os recursos que gosta, outra é mostrar isso ao parceiro. Cada um tem um corpo e uma energia sexual. O outro não tem como descobrir se você não comunicar de alguma forma, não negociar o seu desejo e o seu prazer.

– Tem a ver com aquela reclamação deles de que elas não tomam atitude nem insinuam quando estão a fim de sexo.

Sim. O homem não tem que fazer tudo sozinho, inclusive adivinhar o que está na sua cabeça. Não tem mais “papel do homem” e “papel da mulher”. Surpreenda, peça para passar a noite fora, comente uma cena excitante de um filme, pergunte o que ele acha de testarem juntos um acessório interessante que você viu numa loja. Agora, se você tem um homem extremamente machista… muda de homem!

– As tímidas vão dizer que não conseguem.

Durante o sexo, existem jeitos sutis de mostrar do que você gosta. Quando ele estiver tocando um ponto excitante para você, reforce o comportamento. Pode ser com um “ai, que delícia” ou mesmo gemendo. Eles ADORAM gemidos. Dê ao seu parceiro esse poder de saber que ele está fazendo certo.

– Ok, mas e se ele não estiver fazendo certo? Você vai lá, diz, o cara se ofende ou magoa…

Então, algumas pessoas têm mesmo problemas em receber críticas e ouvir do parceiro que ele não está satisfeito. Encaram como uma frustração pessoal e se sentem atacadas. Mas, no sexo, o que funciona para uns pode não funcionar para outros. Não adianta botar o dedo na cara e dizer com agressividade. Converse com firmeza e tranquilidade sobre as suas preferências.

– Como posso medir a minha satisfação sexual dentro do relacionamento?

O essencial é a qualidade do seu prazer. A frequência (quantas vezes por mês) depende muito do momento de vida do casal. Vocês podem estar numa fase atribulada e transando apenas uma vez por mês. Mas a transa é ótima, reforça a intimidade e revigora o relacionamento. Tanto que até gostariam de ter mais, mas entendem que agora não dá e tudo bem. Entende a diferença? Também percebo que se sentir desejado é muito importante para manter o próprio desejo. Se o parceiro se esforça para agradar, elogia, arruma tempo na agenda etc.

– Quais os momentos especialmente críticos para o casal?

A pior, com certeza, é depois do nascimento de um bebê. Aumentam os níveis do hormônio prolactina na mulher e ela fica com baixo desejo sexual mesmo. Mas há fases complicadas como problemas financeiros e familiares, depressão, alto investimento no profissional…

– A terapeuta Esther Perel acredita que a intimidade atrapalha o desejo sexual. Quanto mais perto você está do outro, menor o tesão por ele. Não é um paradoxo?

Concordo com ela. Por vários motivos: você se habitua ao outro, ele está sempre disponível, outras coisas vão preenchendo a vida do casal, como os filhos…. E o desejo sexual precisa de criatividade e espaço para florescer. Nossa casa não é um lugar criativo, mas de compromisso familiar. Cair nessa armadilha é uma tendência, por isso o casal deve alimentar o erotismo – ou terão cada vez menos sexo até desistir de se procurarem. É um preconceito achar que o sexo deva acontecer sempre de forma tão espontânea. Você precisa reservar espaço para que ele aconteça e isso não significa que ele será “artificial”.

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