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Pular a cerca: o que (exatamente) você considera infidelidade?

Assim como outras espécies, seres humanos NÃO SÃO monogâmicos por natureza. Por que, então, a infidelidade é um tabu tão proibido e, mesmo assim, tão praticado universalmente? No Brasil, metade dos homens e 30% das mulheres admitem que já traíram, segundo uma pesquisa realizada em 2016 pelo Projeto Sexualidade da USP com 3 mil entrevistados. Como o conceito de traição é muito subjetivo (e não só “transar de fato” com outro), esses números podem ser beeeeem maiores…

Por exemplo, dá uma olhada nos resultados de um levantamento do site Ashley Madison, voltado para quem busca um caso extraconjugal. Para 55% dos respondentes, “formar uma ligação emocional profunda com alguém”, é traição – mesmo que não role sexo. Enviar nudes e trocar mensagens eróticas também significa pular a cerca, na opinião de 46 e 44% das pessoas. Não para por aí, não. 29% se sentiriam traídos se o(a) parceiro(a) passasse tempo com o(a) ex, 18% se ele(a) saísse pra jantar com alguém do sexo oposto (como colega de trabalho) e também 18% condenariam até se o(a) namorado(a) pensasse em um terceiro durante o sexo do casal.

Aliás, tem muita gente por aí que não aceita de jeito nenhum que seu amor se masturbe sozinho ou assista pornografia – fica ofendido(a), como se não estivesse sendo suficiente… Ah, aproveitando o gancho, você acredita que quem tá satisfeito em casa não busca na rua? Outra pesquisa do mesmo site de infiéis quis saber o que leva os brasileiros à traição. 71% dizem que estavam entediados e queriam tentar algo novo; 14% traíram por vingança porque foram traídos pelo parceiro(a); 9% pularam a cerca depois de uma briga; 4% estavam viajando a trabalho…

Ok, mas e aqueles que não foram infiéis apenas uma vez, mas dão suas escapadas com frequência? No caso das mulheres, a principal justificativa, dada por 25%, foi a insatisfação amorosa ou sexual com o cônjuge. Entre os homens, 38% afirmaram que a maior razão é a variedade mesmo – ou seja, estando feliz ou não com o arroz e feijão de cada dia, curtem comer fora de casa. E, bom, na era digital com tantas redes sociais e aplicativos de pegação na palma da mão, você pode ter um caso enquanto está deitado na cama com seu parceiro… Nem precisa sair.

No livro “Casos e Casos – Repensando a Infidelidade”, a terapeuta de casais Esther Perel, que estuda o assunto há dez anos, faz várias provocações interessantes. Ela conta que ao longo de boa parte da História, monogamia significava “uma pessoa por toda a vida”. Você casava e tinha que ser pra sempre. Hoje quer dizer “uma pessoa de cada vez”. Mais ainda: no passado, tinha a ver com questões econômicas como patrimônio – ou seja, garantir que os filhos eram legítimos. Hoje a fidelidade é um ideal romântico (“Quando eu encontro a minha alma gêmea, ninguém mais importa”) e uma prova de amor (“Você é a pessoa por quem eu parei de sair com outras”).

E toda traição destrói de vez um relacionamento? Ela acredita que não. Alguns até podem ser redefinidos e melhorar muito, desde que o casal não faça generalizações do tipo quem é “mocinho e vilão” e entenda a complexidade da questão. Afinal, como explica Esther, vivemos duas vezes mais que as gerações dos nossos bisavós e temos muito mais expectativas em relação aos nossos parceiros…

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Foto: Unsplash

Este texto foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo.

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