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Lésbicas precisam de camisinha?

(Foto / Getty Images)

“Sempre tive relações com outras mulheres sem usar nenhum tipo de proteção. Precisa mesmo? Como? Em que situações?”

Precisa mesmo. Acontece que ninguém fala sobre isso na escola ou no consultório médico porque 1. supõem que todas as mulheres são heterossexuais; 2. não existe o risco de gravidez indesejada no sexo lésbico. Mas e o risco de contrair uma doença sexualmente transmissível? Vulvas se esfregando, dedo e vibrador entram e saem de lá pra cá, língua passando pra tudo que é lado. Miga, você pode dispensar o pinto, não a camisinha.

As DSTs mais comuns nas mulheres que transam com outras mulheres (não vamos esquecer as bissexuais) são infecções por fungos, como Candidíase, e vaginoses causadas pela bactéria Gardnerella Vaginalis. Provocam corrimento estranho, coceira, cheiro forte, dor no xixi etc. Se um ginecologista diagnosticar rapidinho, o tratamento geralmente inclui cremes vaginais e antibiótico.

E elas também não estão “blindadas” contra HPV, sífilis, vírus da Aids… Em 2012, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo fez uma pesquisa com 145 lésbicas entre 18 e 61 anos. Apenas 2% delas se preveniam. A maioria justificou que não tinha noção do perigo, confiava nas parceiras e não sabia como se proteger no oral. Quase metade das entrevistadas que usam acessórios sexuais (tipo pênis de borracha) os compartilham no sexo.

Ok, então COMO as garotas devem se proteger? No sexo oral, você pode cortar uma camisinha no formato de um quadrado e colocar sobre a vulva inteira da parceira antes de cair de boca. Desencana daqueles plásticos de PVC pra embalar comida porque rompem fácil. Caso prefira ficar com as mãos livres, a saída é uma camisinha feminina – o aro e a parte externa dela já cobrem toda região. Ela também funciona nas posições sexuais esfrega-esfrega entre vulvas, tipo a famosa “tesoura”.

Na penetração dos dedos, existem camisinha específicas à venda em sex shops, mas dá super pra improvisar com uma normal. Quanto aos consolos/vibradores/cintas, melhor que cada uma tenha o seu. Se forem dividir o brinquedo, as alternativas seguras são 1. as duas estarem com camisinha feminina; 2. vestirem o toy com o preservativo masculino e trocarem quando ele mudar de parceira. Tirou-aqui-botou-ali transfere bactérias, vírus e fungos de uma vagina pra outra.

***Este post foi originalmente publicado na coluna da Nath no Yahoo.

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