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Desejo, excitação e orgasmo

­Imagine um homem caminhando pela rua, distraído, quando repara numa garota de calça branca bem justinha vindo na direção contrária. Ela passa, ele torce o pescoço. O cérebro interpreta esse estímulo visual como tesão e, em menos de cinco segundos, começa a bombear sangue para inflar o pênis. Pronto, ali está a ereção e a disposição para o sexo – ainda que o máximo que ele possa fazer com aquela protuberância seja disfarçar e seguir andando. Ele não precisou conversar, nem ser tocado fisicamente para ficar excitado.

Agora imagine essa mesma garota dobrando a esquina quando dá de cara com o tal homem. À primeira vista, ele faz o tipo dela: barba rala, camisa xadrez, braços torneados. Mas seu cérebro precisaria de muito mais para pensar “hum, que vontade de transar” e acionar o resto do corpo. Suponhamos que eles se conhecessem, ele a convidasse para um sorvete, tivesse um papo ótimo e lhe tascasse um beijo com aquela pegada. Então, depois de uns trinta segundos de estimulação tátil, ela perceberia a lubrificação de sua vagina (tão importante quanto a ereção no homem).

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Esse exemplo funciona para explicar duas coisas fundamentais: 1. o órgão sexual mais importante está dentro da nossa cabeça, não entre as nossas pernas; 2. nosso organismo reage em fases que compõem o “ciclo de resposta sexual”. Quem investigou isso aí foi um médico chamado Williams Master e sua assistente Virginia Johnson, lá nos anos 1960. Os dois enchiam voluntários de fios e, acredite!, ficavam atrás de um vidro do laboratório assistindo-os se masturbando e fazendo sexo. Monitoraram mais de 14 mil orgasmos. Ao longo das décadas, o estudo pioneiro foi sendo aprimorado por outros pesquisadores como Helen Kaplan. Sem blablabla científico, eis o que acontece com o nosso corpo em cada uma dessas quatro fases.

A primeira fase é do desejo, quando nossos instintos são despertados por experiências e estímulos. É o que faz a gente querer transar. No caso dos homens, a faísca costuma ser principalmente visual. Já nas mulheres, o tato é que faz a grande diferença. Fora o contexto emocional, né? Se o marido não lavou a louça e comentou que ela podia emagrecer… são grandes as chances de ele sequer conseguir encostar na parceira. Em outras palavras, existem muitos fatores envolvidos e provocar o desejo em uma mulher pode ser tão complicado quanto acender uma fogueira na mata – com graveto e depois da chuva.

A próxima fase, da excitação, nosso corpo responde fisiologicamente ao desejo. Assim ó: a pressão sanguínea aumenta, os batimentos cardíacos e a respiração aceleram. Por isso que a gente vai perdendo o fôlego, as bochechas coram e o coração parece pular do peito. As mulheres excitadas ficam com os mamilos e o clitóris enrijecidos, sentem umas pulsações na vagina. Os grandes e pequenos lábios crescem e ganham uma cor arroxeada, o canal vaginal se alonga e suas paredes “suam” para lubrificá-lo. Nos homens, a ereção acontece porque tem muito sangue “preenchendo” o pênis, fazendo com que ele fique rígido e muitas vezes dobre de tamanho. Rola uma tensão nos músculos todos, o saco escrotal achata e os testículos sobem um pouquinho.

A fase do orgasmo é o ápice do prazer, quando a gente libera toda a tensão sexual. Acontecem várias contrações rítmicas e involuntárias – cerca de 12 vezes a cada segundo! São elas que “empurram” o jato para fora do pênis. Ao contrário dos homens, as mulheres podem ser estimuladas logo depois de gozar e continuar tendo orgasmos. Eles precisam de um tempo para ter outra ereção e ejacular de novo. Digamos que os caras são dotados de uma espingarda e nós, de uma metralhadora. Na fase final, a chamada “resolução”, nosso corpo volta ao estado natural de repouso e a sensação é de profundo relaxamento. Hora de reabastecer as energias :)

***CONTEÚDO APOIADO PELOS LUBRIFICANTES K-MED.  VEM CONFERIR A COLUNA DA NATH POR LÁ :)

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Comentários
  • Ótima explicação deu para entender direitinho,o que acontece com o nosso corpo quando ficamos “animadinhos”…

    29 de agosto de 2015
  • Por parte do âmbito masculino, o orgasmo é muito mais que necessariamente a união do ápice do prazer com a ejaculação propriamente dita. Assim como é possível ejacular sem chegar ao ápice do prazer (por qualquer motivo que seja: voluntário, doença, acidental e etc) é também perfeitamente possível chegar ao orgasmo sem a eventualidade/necessidade da ejaculação.

    E quando feito de forma voluntária, não só mantém a ereção, prolongando o ato sexual, como também permite a chegar novos picos de prazer (mais de um orgasmos por relação) mais intensos que o primeiro.

    Infelizmente é tão tabu para muitas mulheres chegarem ao orgasmo propriamente dito, como é para o homem se aprofundarem além da jogadinha “orgasmo=ejaculação”.

    1 de setembro de 2015
  • Estava buscando exatamente isso. Ótimo.

    17 de dezembro de 2015
  • Estava procurando saber sobre isso, ótimo blog obrigado. Já adicionei aos favoritos!

    24 de fevereiro de 2016

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