Pais, não adianta fechar os ouvidos
Lá pelos 15 anos, eu vivia aos beijos e amassos com meu então namorado. Nos muros perto da escola, na frente do meu prédio, nos bancos da praia. Certa vez, um cara passou gritando: “vai comer aqui ou embrulhar pra viagem?” Não que eu fosse muito sensata, mas morri de vergonha. Era uma adolescente, como a maioria das garotas, exalando hormônios e curiosidade. Testando os limites – próprios e dos outros. A diferença entre o que eu vivi naquela época e o que as minhas amigas viveram se dá por um único detalhe: meus pais sabiam.
Nunca precisei dizer que a aula de inglês tinha demorado, que ia dormir aquela noite na casa de uma colega ou inventar uma excursão de ciências no final de semana. Contei a eles quando perdi a virgindade. Muito antes, na verdade, minha mãe já tinha me mostrado como colocar uma camisinha. Um dia, tarde da noite, meu pai ligou no meu celular: “Filha, não quero você aí na rua. Sobe com ele”. Meu velho era tão seguro da educação que havia me dado que lhe parecia mais perigoso ficar lá embaixo, exposta a todo tipo de violência, do que no quarto com o meu namorado.
Eu já desconfiava que a postura da minha família causava polêmica entre os pais das minhas amigas. E causará, novamente, entre muitos leitores. Quero provocar a reflexão de vocês, ir além dos pré-julgamentos. (1) Uma pesquisa da dra Carmita Abdo (Prosex/Usp) mostrou que só 10% das brasileiras casam virgens. A maioria inicia a vida sexual aos 15 anos. (2) Num levantamento da MTV, 41% dos jovens não lembram de ter recebido qualquer orientação sobre sexo – eles tiveram mais parceiros sexuais do que aqueles jovens que receberam.
Não adianta fechar olhos e ouvidos para o que seus filhos estão vivendo. Nem achar que é possível proibi-los de fazer o que desejam. Talvez a melhor saída seja abrir espaço para o diálogo e a compreensão. Reuni quatro amigas, entre 25 e 30 anos, com diferentes profissões. Pedi que contassem como a repressão dos pais interferiu (ou não) na sexualidade delas. Nossa conversa foi reveladora – e certamente uma amostra do que acontece por aí.
PIMENTARIA: Como os pais lidaram com a sexualidade de vocês na adolescência?
A: Não me lembro de ter tido alguma conversa desse tipo. Minha mãe me encaminhou para o ginecologista e tinha uma coisa meio “confio que você saiba o que fazer”. Concluiu que eu não era mais virgem muito depois de ter acontecido. Também nunca tive liberdade de tirar dúvidas.
B: Minha mãe me perguntou, no escuro do quarto, se eu já tinha feito. Ri baixinho, né? Tinham passado anos… Pô, perdi com 14!
C: Eu lia Capricho, morria de medo de engravidar no sexo. Quando meu pai soube que eu fui ao médico para começar a pílula, ele me mandou uma carta: “gostaria que você começasse essa fase com a pessoa com quem vai casar e passar a vida toda”. Eu me senti uma merda, já tinha sido (risos).
D: Esse assunto nunca existiu na minha casa. Até hoje meu pai acha que sou uma princesa de coroa e tudo. Sofri o pão que o diabo amassou.
PIMENTARIA: Se eles não deixavam e vocês não tinham idade para motel, onde transavam?
B: Na casa do meu namorado, que ficava o dia todo sozinho. Na minha casa a gente não podia apagar a luz pra ver televisão nem fechar a porta do quarto.
A: Já transei na área de serviço da minha casa com a galera toda jantando na sala. Na escadaria do prédio… Era uma loucura! Mas não tinha pra onde ir.
D: Eu sempre fui do tipo “proíbe que eu faço”. Meus pais nunca souberam que eu viajava ou dormia com meu namorado, eu dizia que estava com amigas – às vezes, elas até confirmavam pelo telefone.
C: Tudo que é proibido é mais gostoso. O jeito era mentir.
PIMENTARIA: Os pais eram inocentes ou sabiam o que acontecia de verdade?
A: Olha, eu não sei. Mas que era ridículo… isso era. Quando a gente quer fazer, a gente faz. Não precisa ser a noite, nem em casa. Meu ex-namorado já entrou de madrugada no apartamento dos meus pais, na surdina: a gente transava, ele dormia e acordava assustado com a luz do sol. Enquanto isso, meu pai babando no quarto ao lado. Já fiz boquete dentro do carro, deitada no colo dele, com meus pais no banco da frente (risos).
D: Minha mãe não pegava muito no meu pé, só queria saber se eu estou bem e onde. Meu pai não aceita de jeito nenhum.
B: Mesmo depois de noiva, meu namorado demorou para dormir na casa dos meus pais. Depois de muito custo, passamos a apagar a luz. Depois, encostamos a porta (ops, é o vento…). Pra vocês terem ideia, quando eu viajava com a família dele, minha mãe ligava para a minha sogra pra saber se estávamos em quartos separados.
PIMENTARIA: Por que vocês acham que havia tanta proibição? O que os pais tentavam evitar com esse comportamento repressor?
A: Meu pai achava que, do contrário, estaria “dando a filha de bandeja”. É uma preocupação moral, antes de qualquer coisa. O medo deles não é que a gente sofra uma violência ou coisa parecida.
C: Concordo. O meu proibia de dar beijos na frente do prédio porque o porteiro e os vizinhos iam comentar… Mas ainda é um saco ter que levantar às duas da manhã e sair do apartamento do namorado só para os meus pais verem que acordei em casa. Pô, não estava com um zé da silva!
B: Eles sabem o que acontece, gente. Só não querem facilitar e atestar pra você que sabem o que você faz.
D: Eu briguei e discuti muito com meu pai até entender que ele queria que eu jogasse o jogo dele. Ele simplesmente não quer saber. É melhor pra todo mundo. Eu não me desgasto.
PIMENTARIA: Mas vocês nunca tentaram enfrentar ou dialogar com eles?
C: A discussão terminava sempre do mesmo jeito: ele dizia “se você mora na minha casa, segue as minhas regras”.
PIMENTARIA: Se a educação de vocês tivesse sido liberal, vocês teriam agido diferente?
A: Quando os pais confiam na filha, depositam uma responsabilidade a mais nas costas dela. Muito mais do que fingir que não vê. É como se ambos estabelecessem um compromisso.
B: Acho que falar sobre sexo em casa deixa os filhos mais responsáveis. Por exemplo, minha prima tem uma mãe bem liberal com quem até maconha fumou já. Ela transou depois dos 18 anos e nunca foi de fazer loucura ou coisa escondida.
C: A proibição é sempre pior. Nunca deixei de fazer as coisas que eu quis.
*SIGA PIMENTARIA:
*COMPRE creminhos / brinquedinhos eróticos com desconto AQUI.
ou seja
/
Ou seja: para sua filha ser certinha, fale de sexo com ela e finja não ser moralista, como a autora do blog.
10 de outubro de 2013Jaqueline
/
1º – Defina certinha / moralista
28 de outubro de 20132º – Fale por você. Eu, assim como a autora do blog temos os nossos conceitos de moralidade envolvendo confiança, educação e segurança.
ou seja 2
/
Ou seja: para a sua filha ser certinha, confie na educação que você deu pra ela, como os pais da autora do blog 😉
10 de outubro de 2013ou seja
/
a pessoa do comentário não entendeu a ironia. a questão, justamente, é o desejo de ter uma filha “certinha”, é o conceito de “certinha”. há um moralismo na afirmação de que a boa educação sexual diminui o número de parceiros sexuais. esse é um objetivo a ser alcançado?
10 de outubro de 2013admin / Author
/
Oi, “ou seja”! Obrigada pelo comentário, acho válida essa discussão. Pessoalmente, o que eu quis dizer é que a preocupação moral dos pais (embora eu não concorde) é a quantidade dos parceiros e a precocidade das relações sexuais. Quis mostrar que proibir ou ignorar a inevitável sexualidade dos filhos não adianta. Eu poderia ter dado a rodo e ser igualmente íntegra. Pena que você interpretou dessa forma. Bjo
10 de outubro de 2013Paulo
/
Eu sou pai de uma menina… é muito estranho ser pai de uma menina…. porque tudo que vc sabe é sobre meninos. O problema não é sexo, fazer sexo. Eu acho que sexo é consequência do desejo, do corpo, do prazer. Meu problema é saber como explicar para ela que 90% dos caras são uns babacas. São uns otários que acham que trepar com uma garota é o grande trofeu da vida? Como dizer que esses babacas não merecem mais do que o gozo da noite?…. é foda… pelo menos pra mim vai ser muito foda explicar isso…
13 de outubro de 2013Dre
/
exatamente da forma que está explicando pra gente.
14 de outubro de 2013Na
/
Muitos pais não estão preparados pra falar sobre sexualidade, talvez porque também não tiveram a oportunidade com seus pais, anteriormente. Minha mãe mesmo foi descobrir o que era menstruação quando desceu a primeira vez, e quem instruiu foram as irmãs mais velhas, minha vó nunca falou disso com elas. A maioria dos pais não admite e não aceita que a filha terá alguém tocando seu corpo, isso é fato.
11 de outubro de 2013Eu quero ser uma mãe que fala sobre sexualidade com os filhos de forma clara e segura, pra esclarecer como se proteger, como não se machucar, e deixar que eles decidam por si. Temos que concordar que, os pais deixando ou não, a gente sempre dá um jeito de fazer aquilo que acreditamos ser o melhor pra nós.
Tem gente que prefere tapar o sol com a peneira, inventar valores. Eu prefiro ser sincera.
Apolônio
/
“Já transei na área de serviço da minha casa com a galera toda jantando na sala.”
“Já fiz boquete dentro do carro, deitada no colo dele, com meus pais no banco da frente.”
Assumindo que não seja invenção, principalmente no segundo caso, por que esse tipo de coisa seria algo para se orgulhar? Me parece coisa de gente que não consegue (ou até mais provavelmente, não quer fazer o esforço necessário para) se destacar na vida de outro jeito, e regride a essa história de “pelo menos eu trepo um monte”. Legal – para você, imagino. Já o mundo não está se tornando um lugar melhor pelo fato de você dar mais que chuchu na serra, ao contrário do que pessoas como a blogueira – obviamente em interesse próprio – tentam fazer parecer.
O que esses pais tentaram fazer foi canalizar a energia das filhas para que elas se tornassem alguém que preste. Talvez eles tenham usado o método errado, talvez as filhas é que não eram grande coisa para começo de conversa, e a crença dos pais que elas poderiam fazer algo mais das próprias vidas do que ficar rodando sem parar no pênis de descolados aleatórios era infundada. Mas tenho certeza que o intuito era que essa energia fosse usada da melhor maneira possível, em vez de desperdiçada em uma tentativa de inflar o ego mediante sexo inócuo, vazio, porém mais do que suficiente para esfregar na cara das amigas (amigas?) que havia alguém querendo comê-la e que ela o fazia clandestinamente, supostamente vencendo a queda de braço com os pais. Tudo bravata, é claro, mas nós vivemos em um país de aparências; se parece X, é X.
12 de outubro de 2013Felipe Urban Peixoto
/
Assim, peço que não se ofenda com a sinceridade da minha próxima frase e leia o resto desse comentário onde eu tento me redimir um pouco: Minha primeira reação ao seu comentário foi puro asco.
Mas eu venho aqui citar algo um pouco diferente, como o fato de que, aos meus 15 anos, namorando uma garota também de 15, eu e o pai dela conversamos, sozinhos, sobre sexo: como e se já havia acontecido, e a cara de espanto dele por não ter rolado ainda. Ele me perguntou diretamente sobre o que já havia acontecido, afinal éramos adolescentes e curiosos sobre todas as mudanças que estavam acontecendo. Morrendo de vergonha por estar conversando com o pai dela, falei do sexo oral e preliminares em geral. Pasme, ele me acalmou e disse que só estava me perguntando porque queria ter certeza de que o que ela conversara com a mãe era verdade.
Ele foi a primeira pessoa com quem eu tive qualquer conversa decente sobre sexo. Me explicou sobre todas as mudanças que estavam ocorrendo em mim, inclusive o desejo aumentando e tudo mais, e queria ter certeza que eu e a filha dele não faríamos nenhuma bobagem por pura falta de diálogo.
Nesse ponto eu e ela já dormíamos juntos, já viajávamos juntos… e só namorávamos há 1 ano. E nós nunca abusamos justamente porque tínhamos toda a liberdade pra fazer o que quiséssemos… então pra quê botar o carro na frente dos bois?
Perdemos a virgindade juntos, aos 16, conscientes dos nossos corpos e da nossa vontade. Terminamos o namoro pouco antes dos 2 anos, mas foi uma experiência maravilhosa. Ela hoje é formada em engenharia civil e trabalha numa grande empreiteira, eu sou funcionário público e estou na minha segunda faculdade.
Não precisamos perder tempo tentando descobrir diretamente sobre sexualidade e sexo em si, porque tivemos com quem conversar sobre, e tivemos a liberdade pra experimentar sem irresponsabilidade.
Eu nunca havia tido essa conversa com meus pais. Meu pai é conservador ao extremo (ele ficou vermelho de raiva quando soube que minha irmã tinha perdido a virgindade aos 17) e eu nunca tive a presença da minha mãe. Eu incitava o sexo como todo guri de 15 anos no começo da relação. Talvez eu tivesse feito merda se não fosse essa conversa com o pai dela. Talvez ela tivesse cedido se ela não tivesse conversado com a mãe dela desde o começo.
Da forma que aconteceu, o sexo foi bom, e ela nunca usou isso pra si. Aprendeu que seu corpo pode ter prazer, mas que como todo prazer precisa ter um momento, e que as responsabilidades vêm antes. Como? Com conversa, e sem proibição.
Adolescentes precisam aprender a ter responsabilidades e lidar com as consequências delas, proteger seu/sua filho/a numa redoma de cristal só vai fazer você(ou ele/a) ter que limpar os cacos depois, provavelmente sozinho.
12 de outubro de 2013Marc
/
Cara, você está distorcendo a opinião do rapaz acima.
Você sentiu asco do comentário dele, porém você não respondeu algo relacionado ao que ele falou.
Você por acaso, no banco de trás do carro de seu sogro, enfiaria a mão na VULVA da garota?
A questão é que essa postura do ‘fiz boquete com eles na frente’, é uma tremenda falta de respeito, desnecessário, porco.
Eu tenho uma filha, ela vai sim, fazer boquete quando crescer, mas eu vou transmitir valores pra ela que ela sequer vai pensar em ter uma postura tão pífia e neanderthal só pra se sentir ‘descolada’ no lance sexual.
Sem mais.
14 de outubro de 2013Virginia Amorim
/
Quanto moralismo. Eu entendi muito bem o que o Felipe quis dizer e se esforçou para não ser grosseiro, o que vocês estão sendo, me desculpem. As respostas das meninas foi só para ressaltar o que acontece quando há toda uma proibição e segredo sobre um assunto tão batido e importante, o sexo. Não é questão de “valores” e sim da velha conversa e compreensão que tem que haver entre os pais e os filhos. Falta de respeito na sua opinião, na de outros não. Eu mesmo descobri que a minha mãe e meu pai que sempre foram de fazer o sexo algo ruim e glorificar o sexo só depois do casamento faziam preliminares na varanda enquanto meus avós estavam na sala, e tudo isso por causa desses “valores” sem compreensão e conversa. Acho um grande insulto falar que as meninas não prestam ou não são boas filhas por causa disso.
17 de outubro de 2013Tai
/
Perfeito o comentário de Marc
22 de outubro de 2013Mulher
/
Com um comentário tão machista desse, só posso ter pena pela má educação que esse sujeito recebeu.
Não entendo de verdade o que dar e chupar tem a ver com boa educação e boa índole. “Alguém que preste”, querido, é quem tem caráter, quem respeita e ajuda o outro e não passa por cima de ninguém pra alcançar seus objetivos. Você, por exemplo, não é “grande coisa” na minha opinião. Desrespeitar, atacar pessoas que você não conhece (nunca nem viu!) e fazer julgamentos com base em 30 linhas de um post são atitudes de um tipo de gente que não valem o pão que comem.
Gostaria de saber quais expressões do texto fizeram você chegar à conclusão de que elas não têm com o que se orgulhar na vida. Ou como você descobriu que elas deram muito para muitos caras (“dar mais que chuchu na serra”). Podia comentar também sobre como constatou que elas transavam com caras aleatórios e que era só por diversão (sem sentimento ou significado).
E mesmo que fosse, o que você tem a ver com isso? Vai pagar uma conta, ler um livro, aprender libras! E lembre-se de passar todo esse seu pudor para o seu filho HOMEM, porque ninguém faz sexo sozinho e “puta” não é a MULHER que faz o que quer fazer e diz foda-se para o mundo.
18 de outubro de 2013admin / Author
/
WOW, nem vou me dar ao trabalho de responder para ele, mas aplaudi você =)
18 de outubro de 2013Roberto
/
Primeira vez que visito o blog!
Mas sobre esse texto está claro que o tempo passou e com ele muitos conceitos mudaram. A Na deixou isso bem claro dando exemplos da sua mãe e avó. Muitas coisas relacionas ao sexo que antes era tabu, hoje é exibido e mostrado claramente. Então a questão não é a moral em si, e sim a consciência de cada um diante da situação social com a família, amigos e etc.
12 de outubro de 2013Maira
/
Me identifiquei bastante com a “A”. Fiz coisas bem parecidas que ela, inclusive o fato do meu ex entrar na casa dos meus pais na surdina… Fizemos isso inúmeras vezes!! kkkkkkkk Era bastante divertido, pelo fato de ser proibido e escondido.
12 de outubro de 2013lesc
/
antes mulher trepar antes do casamento era um absurdo. hj ele pode trepar antes do casamento, chupar o pau do namorado e dar de 4 p ele. mas ainda eh um absurdo sua filha dar p mais de um na mesma noite, fazer dupla penetração, etc… talvez daqui um tempo nao seja mais. pode ater vir a nao ser mais um absurdo, mas eh inegavel q a instituição familiar -q eh a base de tudo e q todos confirmam atraves de mensagens de amor nas redes sociais- esta se perdendo em ritmo exponencial a falta de limites das pessoas. a vontade de experimentar mais e mais esta prejudicando mto nossa sociedade. eu acho q deve haver limites! se fizermos uma análise temporal, podemos observar q até hj existiu uma tendência e q se ela continuar, provavelmente teremos famílias cada vez mais desestruturadas. N adianta dizer a a sua família eh mto bacana e tal pq n se trabalha c exceções e sim da regra!
13 de outubro de 2013lesc
/
So completando, a falta de limites eh o maior problema do mundo, a causa de todos os outros, essa falta de limites n se restringe ao comportamento sexual das pessoas, mas em tudo, em todas as formas de relacionamento, incusive c o meio ambiente. A uma enorme diferenca entre prazer e felicidade. A busca desenfreada por sensacoes, pode proporcionar prazeres imediatos, mas nunca proporcionara a a verdadeira felicidade, em que nos sentimos completos, serenos, em paz, apenas por existir. Essa coisa de vou experimentar pq nunca fiz, so pra ver como eh, eh uma idiotice, n eh preciso viver todo tipo de experiencia, ate pq elas sao ilimitadas e estar sempre em busca de mais uma so serve p gerar ansiedade. Isso eh um fato, convido a todos a observar e refletir e me digam por favor se eu nao estiver correto se as pessoas nao estao cada vez vivendo mais sensacoes e no fundo estao cada vez mais infelizes, incompletas. As redes sociais atestam essa analise, quem n percebe as pessoas tentando passar uma imagem de felicidade, de q ta tudo bem, mas no fundo ela n encontrou a paz e sente isso. e essa vontade de mostrar q se vive no fantastico mundo, tem mto haver c oq se tornou a felicidade plena hj em dia: artigo de luxo. pq? mais uma vez, a incansavel busca pela proxima sensacao!. experimente encontrar a quietude de sua alma!
15 de outubro de 2013abs
Desculpem se me alonguei demais, acho q me entusiasmei c a vontade de passar essa msg.
Vitor
/
LESC, concordo com muita coisa do que disse, mas não entendi qual o seu ponto de vista. O sexo deveria ser proibido, limitado pelos pais, é isso?
Se for isso, eu vejo uma contradição! É justamente a desinformação que faz com que não haja limites. Se você não sabe o que está fazendo, você não sabe o limite!
Qual a ligação de sexo com desestruturação da família, não entendi! E deixe de ser hipócrita! Sexo antes do casamento sempre existiu! Assim como sexo “por fora” dele….
Eu me considero Hedonista, mas não no sentido usado popularmente.
E pra que viver se não há nenhum prazer? Ou você se acha uma ferramenta útil pro mundo? A vida é pra ser sofrida apenas?
Eu concordo que o pseudo “hedonismo”(o conceito popular da busca pelo prazer imediato) gera a necessidade de cada vez querer mais. E se você não compreende que está fazendo consigo mesmo isso, não terá limites mesmo. e sim, a sociedade está numa ‘vibe’ de você é o que aparenta..
P.S.: Inveja da autora!
25 de outubro de 2013lesc
/
Vitor,
Bem antigamente n havia grande expectativa de vida, por volta dos 30 anos aproximadamente, nao n havia grandes expectativas pela frente. hoje c 30 anos muito estao iniciando dua vida profissional. So q toda a longevidade q os avancos nos proporcionaram, n alterou certas caracteristicas primitivas do cerebro. é meio como se estivessemos naquele tempo e de repente o mundo moderno fosse jogado sobre nossas cabecas. antes n havia necessidade de planejamento, pois n tinhamos mto tempo pela frente, chegava uma certa idade(adolescência) q a natureza transformava nosso cerebro/corpo para ir a caça e defender a especie… reproduzindo! a explosao de desejo sexual nessa idade, eh parte fundamental dessa transformacao.
esses assuntos sao sempre mto complicados, em boa parte por fatores biologicos q n se enquadram mais num mundo em q ja se vive 100 anos. a natureza continua mandando o jovem a se reproduzir, a ser inconsequente, impulsivo, por achar q ele nao tem muito tempo pela frente. e convenhamos, para ir a caça dessa maneira eh mto melhor mesmo o cerebro ser inconsequente e impulsivo, do q logico, analitico, afinal diante dos perigos da selva essas caracteristicas nos impedem de ponderar os riscos, e assim, seguir adiante sem medo. eh por isso q seguro de carro p jovem eh mais caro, jovens n sao bons em analise de risco.
nesse caso, fica facil compreender a importancia dos pais e educadores(o problema eh q nem eles costumam lidar bem com isso por falta de informacao) em ajudar o jovem a conduzir esse periodo de sua vida. e n se trata de proibir nada, mas impor regras, limites, metodo. rene descartes ja dizia q bom senso por si so nao resolve nada, pq todo mundo acha q tem bom senso. eh preciso metodo! caso contrario nao precisariamos de lei, era so avisar a todos p agirem c bom senso. educacao sexual eh importante, educar p q o jovem entenda como o seu cerebro funciona, tb eh fundamental, e por fim impor as regras necessarias a cada etapa desse amadurecimento, ate chegar a hora de a pessoa esta preparada p seguir por conta propria.
eu n fiz ligacao de sexo c desestruturacao familiar(na verdade so c sexo se constroi uma familia rs), n sei se vc prestou atencao, mas eu disse q a FALTA DE LIMITES eh responsavel po isso. e antes de chamar alguem de hipocrita leia com mais atencao! eu tb n disse q sexo antes do casamento e fora dele n existiam. o q eu disse eh q a sociedade condenava esse tipo de comportamento. eu tb me considero um hedonista no sentido com o qual vc se identifica, no bom sentido, mas meus parametros de prazer provavelmente devem ser bem diferentes do seu. diria q sou um hedonista low profile! hahaha vivo bem abaixo das minhas condicoes financeiras pq tenho conviccao q quem precisa de mto, exageros p ser feliz, na verdade ainda nao encontrou a felicidade de verdade. conheco pessoas super simples no interior por exemplo, q sao exemplos do q to falando. nao sou radical, tenho uma vida confortavel, acho importante viajar, ir a um restaurante legal… mas a diferenca entre o remedio e o veneno eh a dose!
esse mundo de glamour q a midia vende como a vida perfeita, contribui p q mta gente viva a vida dos outros, sempre aspirando, sonhando com as coisas mais hipoteticas, e cuidando mta mal da propria vida, sem fazer ideia do q ela realmente precisa p si, q com certeza eh bem diferente desse bombardeio de coisas fantasticas, q ela acha q precisa. a simplicidade, a rotina, o seu dia a dia, sao fontes inesgotaveis de prazer meu caro! se vc ta precisando fazer coisas incriveis p sua vida n ser sofrida e fazer sentido, eh melhor repensar as suas prioridades. sera q o q vc acha q precisa p ser feliz n eh apenas um reflexo desse ideal q se formou na cabeca de grande parte da sociedade, em q aparencia = felicidade? abs
1 de novembro de 2013Ádria
/
Tive sorte pois minha mãe, apesar de não ter tido orientações sexuais quando jovem, sempre orientou as filhas, entretanto, foi meio repressora quando soube que o sexo já fazia parte da minha vida. Perdi a virgindade um mês antes de completar os 15 anos e alguns meses depois meus pais descobriram e eu comi o pão que o diabo amassou por causa disso. Depois que eu terminei com esse namorado, com quem perdi a virgindade, e comecei outro relacionamento, mais ou menos um ano depois, eu cheguei com ela e disse: “oh, eu e o fulano estamos pensando em fazer sexo, já conversamos sobre isso e achamos que está na hora certa, eu vou me cuidar, não esquenta” – depois que eu disse isso ela me olhou e disse que eu não imaginava o quanto era difícil pra ela me ouvir dizendo aquilo.
15 de outubro de 2013Depois que eu contei que estávamos com vontade de fazer sexo ela tentou de todas forma, implicitamente, me afastar dele, e ficou pegando no meu pé, mas no fundo ela sabia que não ia adiantar nada. Apesar de ser ela a minha maior orientadora sexual, foi a que mais demorou a aceitar a minha nova “condição”. Meu pai por sua vez, que sempre foi muito duro com as palavras ao dizer “a opinião de um homem” sobre uma “menina como eu”, aceitou as coisas de uma forma tão natural, que até estranhei quando ele me ajudou a esconder o namorado que queria dormir no meu quarto, sem a minha mãe saber… 😀
Arlete
/
Olha! Li cada mensagem ai colocada. Concordei e discordei algumas vezes.
23 de outubro de 2013Mas gostaria de colocar uma situação que esquecemos, ser adolescente é transcender as regras é ser rebelde é morder o mundo numa só dentada. Concordo que conselhos e conversas claras, sem tabus é muito bem vinda. Eu não tive educação sexual e quando conversávamos sobre isto era da forma mais bruta que você possa imaginar. Mas não vamos esquecer que o adolescentes sempre irão querer romper os limites, mais consciência de responsabilidades e consequências dos atos é sempre bem vindo.
Gabi
/
Cara, cada comentário sórdido que se vê aqui, preconceituosos… Enfim! Vim dar minha opinião sobre o tema do post:
Na minha casa sempre tivemos muita liberdade, meus irmãos e eu, seja para dormir fora, fumar um baseado, beber ou fazer sexo. Claro que esta liberdade veio acompanhada de muito diálogo, desde sempre (eu admiro muito meus pais, de verdade). Não consigo lembrar se algum dia eu pensei que bebês vinham trazidos pela cegonha! E graças a isso, minha iniciação sexual aconteceu da melhor forma possível e no tempo certo (pra mim, claro). Falei com minha mãe antes mesmo de fazer qualquer coisa, ela marcou ginecologista para que eu fosse orientada a tomar a pílula mais adequada pra mim, tirei quaisquer dúvidas que que ainda pudessem existir e foi tudo ótimo! Não engravidei, não adoeci. Meu namoro durou 4 anos, onde durante eles meu namorado sempre dormiu na minha casa. Sem esse diálogo, essa abertura que meus pais me deram, acreditando na minha responsabilidade, eu poderia ter feito tudo errado, escondido, sem segurança e me prejudicado. Então, apesar do que muitos podem falar, o diálogo aberto, na minha opinião, é sempre a melhor medida a ser adotada.
Ps. Adoreeeeei o blog
24 de outubro de 2013Camila
/
Acho válida muitas opiniões que li, mais achei machista o cara que diz que só por que a menina faz ”loucura sexuais” é por que não tem princípios. Quem nunca fez loucuras? Quem nunca deu aquela rapidinha escondida?? Ah me poupeeee!
8 de novembro de 2013Realmente a falta de dialogo entre pais e filho é terrível, eu nunca tive conversa com meus pais sobre esses assuntos, nunca me dirigiram uma palavra que mencionassem a palavra sexo, isso era e ainda é tabu na minha casa. Isso prejudica muito. Quando tiver uma filha, sou ser muito aberta com ela, não quero que ela corra risco, mesmo sabendo que o proibido é mais gostoso. Vou orientar e ajudar muito!
AMOOOO ESSE BLOG ♥
Pingback:“Só gozo sozinha” e “Não sinto nada na penetração” | Pimentaria
/
Pingback:Dia Mundial de Luta contra a AIDS: todos os dias, minha mãe diz a alguém que “o exame deu reagente” | Pimentaria
/
Pingback:Mulheres rodadas são as melhores | Itinga - Lauro de Freitas
/
Mari
/
Li diversas vezes os mesmo comentários. E o que me vem a cabeça é simplesmente o fato de que a mulher não pode expressar seus desejos e vontades, (isso pq nem vou entrar na questão FeminismoxMachismo). Para um homem seria natural, e no mínimo, engraçado dizer que recebeu um boquete no carro dos sogros. Pra mulher isso é incorreto e a torna uma mulher sem caráter, dignidade, sentimento ou qualquer outra qualidade que um ser humano tenha.
17 de março de 2016Qto ao diálogo, acho ótimo q ele exista. Minha mãe foi sempre sincera e liberal comigo, conversávamos bastante e ela nunca me escondeu nd sobre isso. Acho que por isso, só fui perder a virgindade com 18 anos, tendo plena consciência do que estava fazendo e de como deveria fazer.